domingo, 5 de dezembro de 2010

AS DUAS TAÇAS

No escuro do meu quarto,
deitado com a solidão eu parto
em pensamento até você.

Vejo-a então chegando
sorrindo e me abraçando,
dizendo que sempre me amou.

Coloco duas taças de vinho,
tirando a tristeza do caminho
com um brinde ao amor.

Estamos bailando abraçados,
loucamente apaixonados,
como se fosse a primeira vez.

Mas os primeiros raios do dia,
mostraram que tudo que eu vivia
era só imaginação.

E das duas taças de vinho
só a minha estava vazia;
a outra ninguém tocou.

Você não esteve aqui;
foi só mais uma loucura
que a solidão fabricou.


Fábio Guilherme

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